Ela é simplesmente a maior jogadora de basquete de todos os tempos, ocupando lugar de destaque no Naismith Memorial Basketball Hall of Fame ao lado de nomes míticos como Michael Jordan. Num país conhecido pelo futebol, cruzou quadras de basquete numa geração estrelada do esporte também protagonizada por Magic Paula, Janeth e Leila Sobral. Vestindo sua famosa camisa 4 ao longo de quase 20 anos, aliás, ganhou o título de Rainha coroada com louvor. Hortência Marcari está entre as Mulheres que inspiram no Brasil e é convidada do Sicoob para contar sua história justamente na próxima segunda-feira, 8, Dia Internacional delas.
A palestra da ex-atleta acontece gratuitamente, em live no YouTube, a partir de 19h - e você poderá acessá-la no player abaixo.
O trejeito se tornou a marca dela: antes de cobrar um lance livre, Hortência fechava os olhos e respirava intensamente, fundo. Segundos depois, "cesta!" e um grito solto de comemoração para alegria de arquibancadas abarrotadas e de brasileiros que, acostumados a se identificar no "País do Futebol", passaram a celebrar bolas em outras redes. Foi assim, com calma e garra, que se tornou referência no esporte mundial. Maior cestinha da Seleção Brasileira Feminina de Basquete, com nada menos que 3.160 pontos, Hortência ostenta no currículo um título de campeã mundial (1994), uma medalha de ouro em Jogos Pan-Americanos (Havana, em 1991) e uma prata-com-gostinho-de-ouro nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, marcados por sua despedida das quadras com outro detalhe: a jogadora havia retornado às quadras após um hiato de 14 meses envolvendo o nascimento do primeiro filho, João Victor, hoje atleta do hipismo nacional. No torneio, a Seleção se manteve invicta até a final, quando perdeu para as anfitriãs, dos Estados Unidos.